Deixo-me naufragar numa eterna noite sem sentido em que baralho as essências e as formas e os sonhos.
Sentado numa carruagem de um comboio que me afasta dessa cidade. Não sou daqui. Disse- -te um dia, não sou de lugar nenhum. Sou um vagabundo, um viajante, que vagueia de lugar em lugar à procura de algo que me prenda ou de um quarto onde a morte me possa enfim alcançar.
Depois que a paixão se esfumou fui incapaz de recomeçar a minha vida aí. Esperei dias e semanas até que a febre de partir me assaltou de novo. Esperei que voltasses para me despedir de ti. Não vieste. Abandonei tudo e parti.
Dos dias que passaram só guardo memorias, poucas, uma ou outra fotografia no meio de um livro que sempre me acompanhou. E o teu perfume que se entranhou em mim e parece que não me vai abandonar nunca mais.
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