Estamos a chegar a Dezembro. Mês de frio inicio do Inverno e claro NATAL Como tantos outros já me sinto invadido pelo espírito natalício (leia-se espírito consumista), despertado pelos anúncios de Natal que desde Outubro passam nas nossas televisões.
Natal... tempo de paz e amor. De dar e receber... e sobretudo aquela época do ano em que nos lembramos de todas aquelas pessoas em quem não pensamos no resto do ano.
É também a altura em que o simpático velhinho de roupa vermelha e que só trabalha um dia por ano sai da sua hibernação e trata de visitar todas as criancinhas do mundo.
Diga-se que um gajo que entra de noite nas casas das criancinhas para lhes dar prendas e mais não sei o quê tem um certo ar de pedofilia (à atenção da PJ)...
Enfim riscos da profissão...
E já agora alguém me diz o que é que ele faz o resto do ano?????
Quem se esconde do mundo? Quem se oculta nas trevas? e se alimenta dos medos, dos pesadelos e das promessas quebradas? Quem se esconde e no silêncio da noite visita os nossos sonhos? e nos enche as noites de medo? e nos impede de dormir e sonhar ?
Quem...?
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Espero por ti. Onde as criaturas de sonho e pesadelo povoam as noites.
Espero por ti. Mesmo sabendo que não virás. Sabendo que te perdeste nas ruas desta cidade que nos cerca - que nos prende.
Houve um tempo em que acreditei em sonhos e no poder das estrelas e das palavras... Isso foi há muito tempo... Antes de ti - antes do teu corpo - antes das promessas que nunca cumpriste e dos sonhos que deixaste morrer ou que vendeste ou trocaste por outros sonhos.
Espero por ti. No silêncio e no frio da noite no meio dos sonhos que não deixo morrer...
"Devido às quedas de bancos, queda nas bolsas, cortes no orçamento, à crise nos combustíveis e pelo racionamento mundial de energia, informamos que a famosa "luz ao fundo do túnel", está temporariamente desligada".
Análise económica com base na perspectiva do analista americano Dr. Marc Faber : O Governo fez deduções e devoluções do IRS. Se gastarmos esses montantes na Zara, o dinheiro vai todo para a China. Se o gastarmos em combustível, ele vai direitinho para os árabes. Se comprarmos um computador, o dinheirito irá para a Índia, China e Taiwan ou Formosa. Se comprarmos produtos hortícolas, o dinheiro vai para Espanha, França ou Holanda, pela certa. Se comprarmos um bom carro, o destino do dinheiro será a Alemanha. Se comprarmos inutilidades, ele vai para a Formosa. Nenhum desse dinheiro ajudará a economia nacional. A única maneira de manter esse dinheiro dentro de portas é gastá-lo em putas e vinho verde, que são os únicos produtos ainda produzidos em Portugal.
Uma pequena homenagem a um dos maiores poetas da língua portuguesa: José Carlos Ary dos Santos, e aproveitando a boleia uma homenagem a uma das melhores vozes da música portuguesa: Carlos do Carmo.
ESTRELA DA TARDE
Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia
Meu amor, meu amor Minha estrela da tarde Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde Meu amor, meu amor Eu não tenho a certeza Se tu és a alegria ou se és a tristeza Meu amor, meu amor Eu não tenho a certeza
Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram
Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram
Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto
Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!
"Os Suspeitos do Costume" é um filme realizado por Bryan Singer em 1995 e conta no elenco com Kevin Spacey, Gabriel Byrne, Benicio del Toro, Kevin Pollack, Stephen Baldwin entre outros e é acima de tudo um dos melhores filmes alguma vez feitos. Conta a história de um grupo de criminosos que se juntam para fazer um pequeno trabalho e depois outro até serem contactados pelo homem responsável pela sua reunião. A história é contada por Verbal Kint (Kevin Spacey) - o único sobrevivente do último trabalho do grupo - durante um interrogatório da policia. Não vou estragar o filme, não vou contar a história e o final. Mas garanto-vos nesta história, nada é o que parece, ou o que querem que pareça. E da primeira à ultima cena não convém despregar os olhos do ecran. Podem perder algo importante.
A morte vestiu o seu manto de veludo e saiu à rua em busca de novas vítimas A morte viu em ti talvez o mesmo que nós escolheu-te e levou-te - para sempre para junto desse Deus em que acreditavas ou para o nada - o vazio - o esquecimento.
Para trás ficou uma vida apenas começada os amigos o amor e todo um futuro de sonhos que nunca vais poder cumprir - uma rosa negra - um túmulo - e o silêncio de um mundo onde tu já não estás....
Desculpem mas ainda custa um bocado!!!!
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
"Eu vim assim a descobrir, na mais alta torre da cidadela, que nem o sofrimento, nem a morte no seio de Deus, nem o próprio luto se devem chorar. Se venerarmos a memória do desaparecido, ele encontra-se mais presente e tem mais poder do que o vivo."
A morte quando chega não escolhe idades... A morte quando chega toca-nos a todos de uma forma diferente. Por vezes faz-se anunciar sob a forma de uma qualquer doença. Mas por vezes chega de repente,sem se fazer anunciar. Foi o que aconteceu contigo.
A última vez que estivemos juntos foi já há uns meses, antes de casares e voltares para Angola. A última vez que falamos foi há menos de uma semana quando me telefonaste a dar a noticia: "Vou ser pai" disseste com orgulho. E agora sou acordado de madrugada com um telefonema da tua mulher a dizer que tiveste um acidente, que morreste num estúpido acidente de carro. E tudo em que penso é que nunca nos despedimos. E penso na tua mulher que deixou tudo para trás para ir contigo para Angola. E penso nesse filho que nunca vais conhecer... que nunca te vai conhecer.
E em todos nós que estamos aqui, vivos, a chorar por ti. Pela tua ausência que pesa como chumbo, que tem o peso do mundo. E lembro as tardes e as noites em que nos sentávamos a volta de uma mesa e tudo o que fazíamos era falar. De tudo e de nada. As discussões sem fim. Livros. Politica. Simples ideias e ideais... Religião. Eras o único que acreditava em Deus. Num Deus e hoje dou por mim a desejar que tivesses razão, que todos nós estivéssemos errados. Assim talvez nos tornemos a ver... se nós os hereges, os infiéis, não formos todos parar e passar a eternidade a arder nas chamas do Inferno.
Nunca me despedi de ti. Não como devia... Adeus então. Até nunca ou até ao dia em que nos encontrarmos de novo para uma eternidade de conversas e discussões.
1Q84 (volume 1) de Haruki Murakami
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1Q84 é a mais recente obra de um dos maiores escritores da actualidade. E
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Gritos e terrores
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*P.S.:* Estive aqui a dar três voltas à cachola, a pensar qual seria a
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