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Feelings (ou algo do género)

sábado, 5 de julho de 2008

O tempo das despedidas!
Todas as feridas por sarar.
O que eles dizem ou pensam é indiferente.
Continuas a mentir a dizer que não estás magoado.

Vê a luz que se apaga nos teus sonhos,
vê o ouro transformar-se em fumo...
Ainda estás demasiado perto de tudo.
Vê os dias correrem com a água
e o último comboio partir com ela.
Nada vai mudar.
Ela partiu, perdeu-se na vastidão do mundo
e tu ficaste ancorado ao cais de onde partem
navios carregados de sonhos e promessas
e onde vem atracar carregados de mágoas, de desilusão
e de morte...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

ANJO (2)

De longe ergeu-se uma voz

e todos os sonhos morreram.


Do fundo do tempo perdeu-se a luz -

quando os homens mataram deuses e anjos

e esqueceram o dívino poder das estrelas

que tece o destino dos homens

no infindável correr do tempo.


Por isso gosto da noite:

lembra-me tudo aquilo que perdemos

por deixar de acreditar.


De noite vagueio por jardins esquecidos

entre estátuas de vidro e flores sem perfume.

Só aqui, no silêncio sombrio, posso ver as estrelas

e lembrar-me que existes ainda - embora longe.

Do fundo da nooite ergue-se um choro,

um lamento ou um suspiro

e todos os desejos voltam - voltam os medos primitivos.


Se a madrugada vier, com a sua luz débil

morna e sedutora - ficarei um pouco mais,

depois partirei, com a última estrela.

Mas estarei por perto velando por ti...










ASAS NA NOITE

Mergulha na noite branca e sem estrelas,
e sente na cara as lágrimas como chuva.
Agora nada mais importa.
Vê ao longe as luzes da cidade iluminando a noite
e o silêncio que desceu e reina em teu redor
na noite branca.
Ao longe ergue-se uma voz
segue-a deixa que te guie.
A pouco e pouco o corpo deixa de sentir
o frio vem mas passa.
Não fazes um gesto, não dizes palavra
e estás para lá dessa porta
e mergulhas atrás de uma voz,
deitas um último olhar para trás
para um mundo e um tempo
que já não são teus.